te escrevo
minha fala relaxada
meu poema úmido
meu verbo sem entradas

te dedico
meu poente regado
meu lugar de dentro
meu açude se abrindo

comendo o tempo
te apresso, te demoro
te espero, te mereço

nas lágrimas
que não publico, te choro
no amor que devo, te pago
e te deixo:

inteira me vou, inteira
me acabo, inteira
ainda morro de você 
que mal conheço.
                                                Priscila Rôde

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